Sunday, June 5, 2011

Lançaram-se no infinito e caíram nos abismos de quem percorre mundos com as mãos, com o olhar, dos espaços mais fundos e do mais sem fundo espaço, vento, rebolaram na casa do tempo, fundiram-se lá além, longe, no firmamento, embriagados pelo rubro vinho do amor, pela noite levados, a ritmo lento e forte e desnorte, tornaram-se vento, abraçaram o mundo, de tudo fizeram alumiando, e sendo o que eram, balanço, desejando, caminharam-se, perscrutaram-se, em intrépido movimento, vão para lá do momento, um só elemento nos abismos de quem percorre mundos com as mãos.

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