Tuesday, June 7, 2011

Se fosse poeta, escrever-te-ia. Literalmente, escreveria o teu ser. Porque ler-te é também tocar-te. Como o não sou, beijo-te para que faças de mim poesia.

Sunday, June 5, 2011

Quando a noite escura cai em todos os lugares, e os corpos se fundem na imensidão, é o movimento do tempo... O universo resplandece na nocturna aurora, os amantes viajam unidos em sempres, esvoaçam; sonham para lá do firmamento, oh nas doces obscurecidas asas do momento, em deleite, cantam o cântico da vida, inebriam-se um do outro.
Lançaram-se no infinito e caíram nos abismos de quem percorre mundos com as mãos, com o olhar, dos espaços mais fundos e do mais sem fundo espaço, vento, rebolaram na casa do tempo, fundiram-se lá além, longe, no firmamento, embriagados pelo rubro vinho do amor, pela noite levados, a ritmo lento e forte e desnorte, tornaram-se vento, abraçaram o mundo, de tudo fizeram alumiando, e sendo o que eram, balanço, desejando, caminharam-se, perscrutaram-se, em intrépido movimento, vão para lá do momento, um só elemento nos abismos de quem percorre mundos com as mãos.