Tuesday, May 31, 2011

Talvez seja até como se nunca tivéssemos existido

O fluxo das coisas é para o passado e para a memória. Certamente que nos aguarda um futuro, e a todas as coisas um futuro, mas até esse mesmo futuro será um dia passado, não mais que uma voz por baixo das vozes do universo. Por isso podemos dizer do futuro, que terá um dia existido. Todas as coisas por aparecer, hão-de um dia ter desaparecido, provavelmente até o universo como o conhecemos. A ser isto verdade, está tudo em constante mutação e choque, e mais não somos, os particulares, do que partes que coexistem num todo. Essas partes caem no esquecimento, e o todo mais não é do que um grande colectivo de memória e de esquecimento. O mar não tem memória de nós. A pegada de cada um de nós terá um dia desaparecido do mundo, e as nossas marcas não mais existirão. Talvez seja até como se nunca tivéssemos existido.

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