Tuesday, May 31, 2011

XIII

Por cima das vozes do universo há o mundo físico, como o conhecemos, depois há as vozes literais do universo, depois há o por baixo das vozes do universo, as mentes, e a mente é o caminho para tudo.

Por baixo das vozes do universo há mais vozes, pensamentos; não sabemos é se há algo para cima do mundo físico ou para baixo do pensamento, que são os dois movimento e ruído, e, por oposição, o outro mundo, supondo que é um só, que há um só, seria ausência de movimento e de ruído, imutabilidade e silêncio.

Mas a consciência, mesmo no imutável, ante este, permanece em movimento, em contínua absorção.
E por isso podemos supor que a última realidade é mesmo o movimento, embora possa existir um grande silêncio transversal aos dois mundos, a consciência é sempre em mutação, ou talvez isso seja uma ilusão criada pela constante mutação dos objectos da consciência.

E mesmo falando de um si, de um si mesmo, este pode não ser necessário, um parado, mesmo este pode ser em mutação, em constante ebulição, ligado, enquanto estamos vivos. Ou não, até pode haver uma personalidade, um si, algo que permanece imutável ao longo da vida, podendo responder à questão do que este é, apenas um sentir.

Mas nada disto interessa se nos lembrarmos de que: há para nós silêncio se a consciência está em silêncio. E se a mente estiver completamente silenciosa, esse silêncio é universal. Embora até isto seja uma ilusão, porque esse silêncio não é de facto universal. Há mais mentes, que podem estar em estados diferentes, e carros a passar, e por isso esse silêncio é no necessário individual e para quem possa estar no estado de ser apenas a sua mente.

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