Sunday, May 29, 2011

X

É sempre através da mente que acedemos ao que está fora da mente (estará algo?), há várias formas de se obter conhecimento, e objectos do conhecimento que se dão a umas formas mas não a outras. Quer quando vemos ou ouvimos algo, como quando imaginamos um espaço e tempo infindos, usamos a mente. Porém, para conhecermos um objecto exterior, como um copo, temos de perscrutá-lo com o olhar, tocá-lo, talvez medi-lo, no entanto, para conhecermos algo que é interior ou cujo caminho é a interioridade, temos apenas de pensar e quiçá de ir para lá do pensamento, tal como quando vimos o copo, tendo ido assim para lá de nós. Resta-nos também saber se queremos saber alguma coisa, ou se queremos ter uma experiência, por exemplo, a sensação do espaço e tempo infindos. Se queremos saber o que é o espaço-tempo, podemos estudar física, pensar sobre o movimento, analisar. Mas se queremos apenas ter a experiência da infinitude, o caminho é outro. É que por baixo das vozes do universo há um mundo infindo, que nestas começa.

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